segunda-feira, 21 de março de 2011

DOR E PRAZER

Tenho refletido muito sobre a questão da dor e do prazer.
Quando sentimos o prazer e a dor?
No meu caso, quando estou vivenciando conscientemente momentos de expansão de emoções de alegria e de felicidade, eu experimento o prazer.
E quando, da mesma forma, me identifico com emoções indesejáveis; eu sou infeliz onde estou... meu corpo se move junto com minhas emoções... e eu começo experimentar dor...
Daí, quando estou experimentando momentos de dor, meus olhos mudam, minha respiração muda e eu assumo uma identidade coerente com tudo que estou sentindo...
Com a vida aprendi que isso faz parte...
Existe um ir e vir... e, para haver crescimento é necessário saber viver com a dor e o prazer.
Então, como tenho procurado lidar conscientemente com essa impermanência?
Primeiro detectando qual emoção indesejável que estou me identificando e, segundo, ao detectá-la, aceitar que estou me identificando com ela e terceiro, dissociar-me dessa falsa identidade.
Como?
- Por um processo contínuo de auto-observação amorosa, eu detecto a emoção pelos sinais que o meu corpo mostra;

- Relembro para o meu sistema que sou maior do que aquilo que estou pensando, sentindo ou imaginando.
Dizendo para mim:
Sou mais que meus pensamentos!
Sou mais que meus sentimentos!
Sou mais que minha imaginação!
- E ao repetir várias vezes estas frases positivas, eu me dissocio das emoções que estavam decorrendo de meus pensamentos, sentimentos e imaginações indesejáveis.

E quando eu me dissocio eu percebo que sou aquele que permanece e sou maior que tudo isso...
Assim eu vou me dando conta, cada vez mais, que uma das formas de lidar com as emoções indesejáveis é detectá-las, aceitá-las e dissociar-me delas!
Desta forma, comigo, eu vejo, ouço e sinto que elas tem menos poder sobre mim e se dissolvem...
E eu me alinho novamente, corpo, mente, sentimento e espírito, juntos, na fantástica roda da vida!
Permanentemente impermanente!