terça-feira, 24 de setembro de 2013

O Livro Tibetano dos Mortos ou O Bardo Thodol (resumo)


Primeiro Bardo

Oh, amigo
O tempo caminha em direção a ti para te levar a novos planos de realidade.
O teu ego e teu nome estão em jogo de acabar.
Estás pondo-te em frente da Luz Clara.
Tu estás experimentando esta realidade.
No estado de liberdade do ego onde todas as coisas são como um céu vazio sem nuvens.
E o intelecto nu e limpo é como um enxerto vazio.
Neste momento conhece por ti mesmo e habita neste estado.
O que é chamado morte do ego está vindo para ti.


Recor
da:

Esta é a hora da morte e renascimento.
Aproveita esta morte temporal para atingir o perfeito estado.
Ilumina-te.
Concentrado na unidade de todos os seres vivos.
Mantido sobre a Luz Clara.
Usa-o para alcançar o entendimento e o amor.
Se tu não podes manter a felicidade da iluminação e se tu te estás deslizando dentro do contato do mundo exterior.

Recorda:


As alucinações que podes experimentar agora, as visões e introspecções te ensinarão muito sobre ti mesmo e o mundo.
O véu da rotineira percepção será mudado em teus olhos.
Recorda a unidade de todas as coisas vivas.
Recorda a glória da Luz Clara.
Deixa-te guiar através de tua nova vida que vem.
Deixa-te guiar através das visões desta experiência.
Se te sentes confuso, invoca a memória de teus amigos e de teus mestres.
Trata de alcançar e conservar a experiência da luz clara.

Recorda:


A luz é a energia vital.
A chama sem fim da vida.
Um ondulante e sempre mudável torvelinho de cor pode apoderar-se de tua visão.
Esta é a incessante transformação da energia.
O processo vital.
Não temas.
Entrega-te a ele.
Une-te.
Forma parte de ti.
Tu és parte dele.

Recorda também:

Mais além da contínua e fluente eletricidade da vida está a última realidade.
O Vazio.
Teu próprio saber, formado na não-possessão de forma ou cor, é naturalmente vazio...
A realidade final.
O Todo bondade.
O Todo paz.
A Luz.
Resplandecente.
O movimento é o fogo da vida do qual tudo vem.
Une-te.
Forma parte de ti.
Mais além da luz da vida está o pacífico silêncio do Vazio.
A quieta felicidade mais além de todas as transformações.
O sorriso de Buda.
O Vazio não é o nada.
Desobstruído, brilhando, comovendo, feliz.
O vazio é o princípio e o fim ele mesmo.
Consciência de diamante.
O Todo Bondade Buda.
Tua própria consciência, brilhando, vazia e inseparável.
Não-pensamento, não visão, não-cor, é vazio.
O intelecto brilhando é cheio de felicidade e silencioso. Este é o estado de perfeita iluminação.
Tua própria consciência, brilhando, vazia inseparável do grande corpo resplandecente, não tem nascimento, nem morte.
É a imutável luz que os tibetanos chamam Buda Amitabha.
O saber da não-forma começando.
Conhecer isto é suficiente.
Reconhecer o vazio de tua própria consciência para ser domínio de Buda
Permanece neste reconhecimento e tu manterás o estado da divina mente de Buda.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

QUEM É AMIGO? (Artur da Távola)

Amigo é quem, conhecido ou não, vivo ou morto, nos faz pensar, agir ou nos comportar no melhor de nós mesmos. É quem potencializa esse material.

Não digo que laboremos sempre no pior de nós mesmos (algumas pessoas, sim), mas nem sempre podemos ser integrais para operar no melhor de nós.

Há que contar com algum elemento propiciador, uma afinidade, empatia, amor, um pouco de tudo isso. E sempre que agimos no melhor de nós mesmos, melhoramos, é a mais terapêutica das atitudes, a mais catártica e a mais recompensadora.

Esta é a verdadeira amizade, a que transcende os encontros, os conhecimentos, o passado em comum, aventuras da juventude vividas juntos. Um escritor ou compositor morto há mais de cem anos pode ser o seu maior amigo.

Esse conceito de amizade transcende aquele outro mais comum: a de que amigo é alguém com quem temos afinidade, alguma forma de amor não sexual, alguém com quem podemos contar no infortúnio, na tristeza, pobreza, doença ou desconsolo.

Claro que isso é também amizade, mas o sentido profundo desse sentimento desafiador chamado amizade é proveniente de pessoas, conhecidas ou não, distantes ou próximas, que nos levam ao melhor de nós.

E o que é o melhor de nós? É algo que todos temos, em estado latente ou patente, desenvolvido ou atrofiado. Mas temos. E certas pessoas conseguem o milagre de potencializar esse melhor. Sentimo-nos, então, profundamente gratos e de certa maneira orgulhosos (no bom sentido da palavra) por poder exercitar o que temos de melhor. Este melhor de nós contém sentimentos, palavras, talentos guardados, bondades exercidas ou não.

Amar, ao contrário do que se pensa, não perturba a visão que se tem do outro. Ao contrário, aguça-a, aprofunda-a, aprimora-a. Faz-nos ver melhor. Também assim é a amizade, forma especial de amor, capaz de ampliar a lucidez e os modos generosos e compreensivos de ver, sentir, perceber o outro e, sobretudo - se possível - potencializar os seus melhores ângulos e sentimentos.

Somos todos seres carentes de ser vistos e considerados pelo melhor de nós.

A trivialidade, a superficialidade, as disputas inconscientes, a inveja, a onipotência, a doença da auto-referência faz a maioria das pessoas transformarem-se em vítimas do próprio olhar restritivo. E o olhar restritivo é sempre fruto da projeção que fazem (fazemos) nos demais, de problemas e partes que são nossas e não queremos ver. E quantas vezes isso acontece entre pessoas que se dizem amigas. Essas pessoas (que se dizem amigas) ignoram certas descobertas do velho Dr. Freud e através de chistes passam o tempo a gozar o “amigo”, alardeando intimidade (onde às vezes há inveja) como prova de amizade. O que não é. Mesmo quando é...

Se quiser medir o tamanho de uma amizade, meça a capacidade de perceber, sentir e potencializar o melhor do outro, porque somente essa atitude fará dele uma pessoa cada vez melhor e por isso merecedora da amizade que se lhe dedica.

A BELEZA NATURAL DO AMOR... Por Eckhart Tolle


amor descondicionado

Com que rapidez formamos uma opinião e chegamos
a uma conclusão sobre as pessoas!

O “eu” autocentrado gosta de avaliar os outros, dar-lhes uma identidade e rotulá-los.
Todo ser humano foi condicionado a pensar e agir de determinada forma – condicionado por sua herança genética, pelas experiências da infância e pelo ambiente cultural em que vive.
Tudo isso não mostra o que a pessoa é, mas como parece ser. Quando você julga alguém, confunde os modelos condicionados produzidos pela mente com o que a pessoa é.
Nossos julgamentos também têm origem em padrões inconscientes e condicionados.
Você dá aos outros uma identidade criada por esses padrões, e essa falsa identidade se transforma numa prisão tanto para aqueles que você julga quanto para você mesmo.
Deixar de julgar não significa deixar de ver o que as pessoas fazem.
Significa que você reconhece seus comportamentos como uma forma de condicionamento que você vê e aceita tal como é.
Não é a partir desses comportamentos que você constrói uma identidade para as pessoas.
Deixar de julgar liberta tanto você quanto o outro de se identificar com o condicionamento, com a forma, com a mente.
Não é mais o ego que conduz os relacionamentos.
Enquanto o ego dominar sua vida, a maioria de seus pensamentos, emoções e ações virá do desejo e do medo.
Isso fará você querer ou temer alguma coisa que possa vir da outra pessoa.
O que você quer dos outros pode ser prazer, vantagem material, reconhecimento, elogio, atenção, ou fortalecimento da sua identidade, 
quando se compara achando que sabe ou tem mais do que os outros.
Você teme que ocorra o contrário — que o outro seja, tenha ou saiba mais do que você – e que isso possa de alguma forma diminuir a ideia que você faz de si mesmo.
Quando concentra sua atenção no presente – em vez de usar o presente como um meio para atingir um fim -, você ultrapassa o ego e a compulsão inconsciente de usar as pessoas como meios para valorizar-se ao se comparar com elas.
Quando dá total atenção à pessoa com quem está interagindo, você elimina o passado e o futuro do relacionamento – exceto nas situações que exigem medidas práticas.
Ao ficar totalmente presente com qualquer pessoa, você se desapega da identidade que criou para ela. Essa identidade é fruto da sua interpretação de quem a pessoa é e do que fez no passado.
Ao agir assim, você se torna capaz de relacionar–se sem os mecanismos autocentrados de desejo e medo.
O segredo dos relacionamentos é a atenção, que nada mais é do que calma alerta.
Como é maravilhoso poder ultrapassar o querer e o medo nos seus relacionamentos.
O amor não quer nem teme nada.
Se o passado de uma pessoa fosse o seu passado, se a dor dessa pessoa fosse a sua dor, se o nível de consciência dela fosse o seu, você pensaria e agiria exatamente como ela.
Ao compreender isso, fica mais fácil perdoar, desenvolver a compaixão e alcançar a paz.
O ego não gosta de ouvir isso, porque sem poder reagir e julgar ele se enfraquece.
Quando você acolhe qualquer pessoa que entra no espaço do Agora como um convidado nobre, quando permite que ela seja como é, a pessoa começa a mudar.
Para conhecer outro ser humano em sua essência você não precisa saber nada a respeito do passado ou da história dele.
Confundimos o saber a respeito de alguém com um conhecimento mais profundo que não é baseado em conceitos.
Saber a respeito e conhecer são coisas totalmente diversas.
Uma está ligada à forma; a outra, à ausência de forma.
Uma age através do pensamento; a outra, através da calma e do silêncio.
Saber a respeito de alguém ajuda por motivos práticos.
Nesse sentido, não podemos prescindir de saber a respeito da pessoa com quem nos relacionamos.
Mas, quando essa é a única característica de uma relação, ela fica muito limitadora e até destrutiva.
Os pensamentos e conceitos criam uma barreira artificial, uma separação entre as pessoas.
Suas interações não ficam presas ao ser, mas à mente.
Sem as barreiras dos conceitos criados pela mente, o amor se torna naturalmente presente em todas as relações humanas.
Quando você observa uma pessoa e sente muito amor por ela, ou quando contempla a beleza da natureza e algo dentro de você reage 
profundamente, feche os olhos um instante e sinta a essência desse amor ou dessa beleza no seu interior, inseparável do que você é, da sua verdadeira natureza.
A forma externa é um reflexo temporário do que você é por dentro, na sua essência.
Por isso o amor e a beleza nunca nos abandonam, embora todas as formas externas um dia acabem.

(Eckhart Tolle)

Dharma[1] das Deusas



Nossos corações estão orvalhados com o doce néctar que a Mãe Cósmica nos entrega...
Nossas mãos estão abençoadas com o poder de cura da Mãe Cósmica...
Nossas energias conectam-se à Energia Espiritual da Mãe Cósmica...
Somos parte de um Grande Círculo Sagrado de Mulheres ao redor do mundo e neste momento nos elevamos à Luz Curadora da Mãe Cósmica e esta ativa nossos corações, nossas mãos e nossas energias para, irradiarmos amor, saúde e bondade à Mãe Terra e a todos os Seres Sencientes.
Em harmonia com a Mãe Cósmica somos agentes do Amor e da Consciência Plena envolvendo a Mãe Terra, tudo e todos que nela há com uma intensa Luz Violeta que promove a transmutação da dor e sofrimento em prazer e bem estar  e numa serena Luz Rosada que enche de vibração amorosa todo o planeta Terra...
E nessa Poderosa Unidade Criadora ativamos o nosso poder de gestar e criamos um Grande Útero que gera uma realidade cada vez mais saudável, próspera e feliz para nós, para tudo e para todos!
E nos dias que compõem os meses, os meses que compõem os anos e os anos que compõem nossa eternidade, lembraremos de nos lembrar que esse Poder da Mãe Cósmica se expandirá mais e mais em nossas vidas e nos tornaremos conscientemente conscientes do nosso poder feminino unificado e curativo em prol do nosso bem individual e do bem maior!
Assim, despertas, conscientes e comprometidas caminharemos em direção à poderosa luz clara da consciência plena!
Assim é e assim será!
(Uma adaptação de Oração das Mulheres Guardiãs da Terra - recebida da Madaílda)




[1] No Yoga, “Dharma” é a força régia da existência, a essência verdadeira do que existe, ou a própria Verdade.

sábado, 14 de setembro de 2013

DESAFIOS E ILUMINAÇÃO...


Muitas pessoas me procuram perguntando como que ficam os desafios quando uma pessoa alcança a iluminação! 
Para mim, após muitos estudos, ILUMINAR-SE é um processo...
Vai acontecendo por meio de estágios, segundo grandes escolas no oriente. 
Um processo gradativo que precisamos, devemos, pode ser interessante colocar dedicação, empenho, esforço...
Desafios... Doenças... acontecem para muitos de nós... fazem parte da vida e inexiste necessidade de esforço e dedicação conscientes...
Iluminação, segundo estudiosos, nunca acontece por acaso...
Necessita... precisa... pode ser bom... nos empenharmos utilizando recursos, técnicas, ferramentas que nos façam bem a curto, médio e longo prazo.
Meditar por meio de, dança, pintura de mandalas, respiração consciente, cozinhar, cantar, sorrir, dissociar/testemunhar/observar... e muitos outros recursos que nos levem a ver, ouvir e sentir 100% no agora... 
CONSCIÊNCIA TESTEMUNHA... CONSCIÊNCIA OBSERVADORA... 
Ser possuído pelo riso, pela dança... aquietar, serenizar a mente...
Doença... saúde... pertencem, ao corpo mental, físico, emocional... nada tem a ver com nossa CONSCIÊNCIA MAIOR, CONSCIÊNCIA CÓSMICA, CONSCIÊNCIA DIVINA ou se estamos mais ou menos ILUMINADOS...
Quanto mais expandimos MOMENTOS DE ILUMINAÇÃO mais desapegados estamos de resultados e quanto mais nos desapegamos de resultados mais deixamos de nos identificar com os resultados, sejam eles quais forem... desafios... doenças... saúde... e por incrível que pareça, desapegados até do resultado alcançado com os momentos de iluminação... 
Qualitativamente diferente... qualitativamente observador... qualitativamente testemunha... Mais que o corpo, mais que os pensamentos, mais que os sentimentos, mais que os comportamentos, mais que as palavras...
Perceber os desafios e a doença, sem ser os desafios e nem a doença... 
Vistos de forma dissociada como se estivesse assistindo um filme... olhando uma foto... e fazendo tudo o que for necessário de maneira ética, legal e moral para lidar com a situação... Eles acontecem, são vistos de fora, como algo a aprender...
CONSCIENTEMENTE TESTEMUNHAS... OBSERVADORES... 
Sem ser indiferente...
O corpo físico passa por doença, passa por saúde e a consciência testemunha estará lá, sempre... eterna... encontrando uma forma sábia de lidar com a situação... sem se deixar afetar por muito tempo por ela...
Um verdadeiro milagre...
Em processo... observando... agindo conscientemente separado... sem se perturbar... serena e sabiamente...
Estágios de iluminação... lampejos de iluminação...
Perceber a mente trabalhando... ver, ouvir e sentir diferente...
E assim, quando alcançamos momentos de mais e mais iluminação, os desafios continuarão a existir, pois fazem parte da vida, apenas que a consciência será testemunha, observadora e encontrará formas mais e mais sábias de lidar conscientemente com as situações... sem se deixar afetar muito tempo por elas...
E assim, tenho procurado praticar...
  • Meditando 100% no agora... esteja fazendo o que estiver fazendo...
  • Meditar exercitando ser observadora atenta e conscientes de meus pensamentos... Observando quando eles vem e quando eles vão... Semelhante a ir ao cinema assistir a um filme...
  • Ser testemunha conscientemente...
E em processo...