A consciência inferior se expande e se funde
na LUZ CLARA DA CONSCIÊNCIA PURA E PLENAMENTE
ELEVADA...
A gota d’agua se une ao oceano...
O amor menor se une ao Amor Maior...
Metáfora
“Há vida na morte”.
(História contada pelo Rabino Nilton Bonder, A arte
de se salvar, Ed. Imago, p.132.).
Em uma pequena cidade várias pessoas sonharam um
mesmo sonho. Nesse sonho premonitório, todos recebiam a mesma mensagem: Em
determinado dia e hora os mortos ressuscitariam por um período de meia hora.
Revelado o segredo a cidade toda começou a se preparar
para o incrível acontecimento. Familiares de pessoas falecidas quase
enlouqueceram, na expectativa de tão ansiado e breve encontro.
No dia marcado, na hora marcada, sucedeu que os
mortos levantaram de suas tumbas.
O povo reunido na porta do cemitério, nem aguentava
mais de tanta emoção!
Para surpresa de todos, os mortos ressuscitados
puseram-se a correr, passando ao largo de seus familiares como se nem os
reconhecessem.
Perplexo e assombrado, o povo começou a seguir os
ressuscitados para saber aonde iam.
Descobriram
então que todos corriam para a casa de estudos e que, de maneira desvairada,
retiravam livros das prateleiras e os liam ardorosa e compulsivamente, querendo
absorver até o último segundo de seu estudo!
Passada exatamente meia hora, como colegiais que se
apegam até o último instante às suas provas, eles foram voltando pouco a pouco
até suas tumbas.
A moral da história está exatamente no discernimento
que os mortos redivivos demonstraram em relação à importância do tempo que
lhes foi dado! Caso tivessem em vida, todo o conhecimento que agora
dispunham, teriam com certeza, vivido suas vidas de maneira diferente...
Ensinamentos
Budistas nos orientam a incluir a morte na vida, a refletir diariamente a
respeito dela e sobre o quanto essa vida é passageira, pois isso nos ajudará a lidar
melhor com os desafios e conflitos, a aperfeiçoar melhor o tempo que temos em
vida e a alcançar níveis cada vez mais elevados e puros de consciência.
Muitas
vezes, sustos grandes que nos fazem lembrar que a morte existe, nos levam automaticamente
a refletir sobre a certeza de que nosso corpo é mortal e a ficarmos mais sensíveis para reconhecer os benefícios do verdadeiro
desenvolvimento espiritual[1]...
Segundo
Bel César, “A morte é uma experiência muito difícil se estivermos despreparados para
lidar com ela. Pois quando não podemos mais nos apoiar no mundo exterior,
contamos apenas com nosso eixo de segurança interna”.
Pensar
na morte e dar um significado especial para ela nos levará a refletir melhor sobre
a vida, a ressignificá-la, desfrutá-la mais conscientemente, a nos sentir
gratos por estarmos vivos, a nos percebermos energeticamente despertos e a nos tornarmos
mais familiarizados com ela em termos positivos.
Aprendemos
no Livro Tibetano do Viver e do Morrer de Sogyal Rinpoche, Ed. Talento, “... que a morte é um processo de dissolução
gradual.” Que todas as experiências
de medo, angústia, tristeza, fobias e pânicos, durante o processo de morte,
acontecem por nos apegarmos a crenças que desenvolvemos em vida.
Para
Lam Rim, existem 03 considerações
sobre a mortalidade, que nos beneficiarão na hora da morte e auxiliarão a despertarmos
para uma consciência mais elevada ainda neste plano e com este corpo:
1. A morte do corpo é certa e inevitável.
2. Nunca sabemos quando nosso corpo irá morrer.
3. No momento da morte, só uma coisa poderá nos ajudar:
o desenvolvimento espiritual que tenhamos praticado até então.
As
marcas, os rastros que vamos deixando de amor, sabedoria, paciência, dedicação,
disciplina, perseverança e compaixão, auxiliarão a nos desenvolvermos espiritualmente,
a termos uma percepção de morte mais ampla e por consequência, a vivermos mais
alegres e plenos e assim, podermos morrer em paz, serenos, tranquilos e com a
missão cumprida!
Portanto,
muitas filosofias nos recomendam aproveitar a vida para purificar nosso
processo mental e auxiliar os outros a fazerem o mesmo!
Segundo
sabedorias milenares, para purificarmos nosso processo mental e expandirmos
mais e mais a consciência, é necessário adquirir familiaridade com nosso mundo
interior, pois independentemente de um sistema religioso, quando desenvolvermos
mais compaixão, amor e paciência de nós para nós, vibraremos em níveis elevados
de consciência, com resiliência necessária para perceber vida na morte e por
consequência estaremos em mais condições para entender e acolher melhor o outro
além de suas vontades e carências imediatas, atende-lo em suas necessidades
internas!
E
caso a gente se depare com a proximidade da morte e nem tenha um método de
interiorização que nos dê força interior e sabedoria para lidar com a situação,
pode ser importante, buscar auxílio exterior de alguém que nos ajude naquele
momento, a dar um salto em nosso desenvolvimento espiritual!
Desejo
sucesso em seu processo de: purificação mental, desenvolvimento espiritual,
reconhecimento e cuidado da essência desta vida humana e, com certeza, no que
depender de mim, conte comigo!
Bênçãos
e felicidades!
Abraços,
Norma
Assunção
Reflexões
com base nos livros:
O
LIVRO TIBETANO DOS MORTOS da Ed. Rocco, O LIVRO DAS EMOÇÕES de Bel César da Ed.
Gaia, A ARTE DE SE SALVAR do Rabino Nilton Bonder da Ed. Imago e LIVRO TIBETANO
DO VIVER E DO MORRER de Sogyal Rinpoche, Ed. Talento.