Manipulação
é diferente de persuasão.
Manipulação
é uma relação onde para um ganhar o outro tem que perder.
Persuasão
é uma relação onde todos ganham.
Existem,
manipulação direta e manipulação indireta.
A manipulação direta você de
algum jeito a perceberá em um de seus canais de percepção. Você, ou a verá
por meio de agressões físicas, ou a ouvirá pelas palavras agressivas
proferidas de formas ofensivas, de menosprezos e de ameaças, ou sentirá
acontecendo pelo medo, inferiorização e submissão que despertarão. E virá de
forma a devolver ao outro a culpa pelo ocorrido.
Manipulação indireta é sutil e frequente. Aqui
também acontece da pessoa que é manipulada ser considerada culpada, ou seja, quando
o manipulador atribui ao outro a culpa do que acontece ele naturalmente está
colocando essa pessoa num segundo plano, desconsiderando, excluindo, deixando
de dar espaço para ouvir e considerar as opiniões, ideias, desejos e anseios
manifestados e com esse tipo de comportamento o manipulador questiona a
capacidade e habilidade da pessoa manipulada, levando essa pessoa a sentir-se
insegura com relação a sua própria condição de opinar ou fazer algo de bom ou
positivo. Causando uma espécie de chantagem emocional de maneira doce, muitas
vezes delicada, num enorme controle emocional, elogia, fala algo agradável e
depois gera o desconforto, mais ou menos assim: “Olha minha intenção é lhe
ajudar, pois eu amo e admiro muito você, então você é que me obriga a falar que
tudo isso está acontecendo por causa de sua incapacidade para lidar com o que lhe
acontece” – “Tudo isso está acontecendo pela dificuldade sua de reconhecer suas
fragilidades, admitir que esteja errando e controlar seu gênio parecido com seu
pai. Daí eu sou obrigado a fazer esse papel.” – “Você nem estudou ou conhece
nada sobre isso, nem tem condições de opinar. Será melhor par nós fazer as
coisas do meu jeito.”.
Uma espécie de apelação emocional fazendo críticas
excessivas, rebaixamento e até humilhação para conseguir o engrandecimento
buscado e diminuir o outro. Sutilmente coloca-se em primeiro plano e a pessoa
manipulada em segundo plano.
Agindo muitas vezes de forma a dizer: “Olha só o que
você me fez fazer”. “Faço tudo por você.” Transferindo ao manipulado toda a
responsabilidade e ficando sem ter que enfrentar as consequências disso.
Algo a se refletir em profundidade, qual é o nosso
perfil? Nós nos identificamos em qual lado? Nós nos conhecemos?
De alguma forma já ouvimos falar do “Conhece-te a
ti mesmo” [1] A
frase completa é “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás os Deuses e o Universo”.
Demonstrando a importância de nos conhecermos em
profundidade antes que outras pessoas conheçam nossas fragilidades e as
explorem de forma manipuladora.
Timidez excessiva, submissão, inseguranças,
necessidade de apoio ou aprovação alheia, amedrontamento frente a confrontos
nos levam a evitar exageradamente conflitos e possibilitam situações de
manipulações, onde o manipulador aproveitará exatamente isso tudo para
coloca-lo em segundo plano com a estratégia sutil de aparentemente estar “lhe
protegendo”.
Bom, portanto, o 1º passo para lidar com pessoas
manipuladoras é conhecer seu potencial, competências, suas fragilidades,
limitações e também resgatar seus princípios e valores de vida. Conhecendo a si
mesmo, cria-se uma barreira entre a colocação do próximo sobre você e a sua
percepção real sobre você.
O 2º passo, conhecer e analisar cautelosamente os
padrões de comportamento do manipulador. Para isso é necessário colocar-se como
observador mantendo-se dissociado da situação, pois por quanto tempo que
permitiu tudo isso por exatamente admirar a inteligência da pessoa? Importante ter
calma e equilíbrio para perceber a sabedoria ancestral que há em você. E então
posicionar-se de forma a transbordar essa sabedoria na hora de se manifestar
sobre quaisquer assuntos, demonstrando domínio, precisão e coerência em seus
argumentos, sem que seja preciso atacar o manipulador para validar suas
opiniões.
3º passo, analisar a relação que existe entre o
manipulador e o manipulado, para perceber as armadilhas psicológicas
instauradas. É claro que é importante levarmos em consideração feedbacks feitos
de maneira construtiva, porém quando feitos de forma destrutivos, podem
enfraquecer nossas estruturas.
4º passo, buscar ajuda de profissionais que possam
lhe orientar em tudo que você está vivendo e observando.
5º passo, desenvolver a arte de dizer sim para você,
dizendo não ao que lhe deixa desconfortável. Dê limites ao outro. A liberdade
do outro termina onde começa a sua.
6º passo, desenvolver resiliência para lidar com as
situações em vez de fugir de desafios, obstáculos e estresse, aprenda a lidar
com eles com sabedoria equilibrada e serena.
7º passo, determinar fronteiras entre quem você é e
o que está disposto a oferecer ao outro sem alterar a sua essência.
8º passo, jamais deixar que as pressões externas e
internas determinem suas escolhas, atitudes, palavras e ações.
9º passo, desenvolver a arte de longanimidade, que
vai além da resiliência e é tida como qualidade de autodomínio, de resistência
às oposições, decepções e provocações. É a arte de ser paciente sob pressão.
Cultive a longanimidade.
10º passo lembrar-se de se lembrar, ninguém tem o
direito de lhe intimidar e sempre existem pessoas dispostas a somarem com você.
Cuide-se e no que depender de mim, conte comigo.
Abraços e felicidades,
Com afeto, Norma De Marchi Assunção
Inspiração pautada na seguinte Bibliografia:
O livro das emoções, Bel César, Editora Gaia –
Desvendar pessoas, Mel Silberman, Editora Campus – Inteligência emocional, Daniel
Goleman, Editora Objetiva e artigo no
site https://www.minhavida.com.br
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