quinta-feira, 12 de junho de 2025

A Águia dos 70 Anos

 A Águia dos 70 Anos

Por Norma De Marchi Assunção


Dizem que a águia, ao chegar aos 70 anos,
precisa tomar uma decisão:
morrer… ou renascer.

Para seguir vivendo, ela se recolhe no alto da montanha.
Ali, sozinha, enfrenta o que mais dói:
quebra o bico…
arranca as garras…
deixa cair as penas pesadas do tempo.

Dói.
Porém é essa dor que dá lugar ao novo.
Um novo bico. Novas garras. Novas asas.

E então… ela voa de novo.
Com mais força.
Com mais sabedoria.
Com mais verdade.

Hoje, aos meus 70 anos,
reconheço esse tempo em mim.
Nem é o de desistir,
e sim o de renascer.

Troco o que já nem me serve,
solto as penas velhas,
e me permito voar, com leveza e amor.

Sou águia.
E estou pronta para mais 70 anos de céu.

PREGHIERA PER LA LIBERTÀ

 PREGHIERA PER LA LIBERTÀ

Oggi, Creatore dell'universo, ti chiediamo di venire a noi, per condividere con noi una grande comunione d'amore... Sappiamo che il tuo vero nome è Amore...che essere in comunione con te significa condivedere la stess vibrazione, la stessa frequenza che tu sei, perché tu sei l' unica cosa che esiste nell'universo. 
Oggi aiutaci a essere come sei tu, ad amare la vita, a essere vita e amore. Aiutaci ad amare come tu ami, senza condizione né aspettative, senza obblighi e senza giudizi... Aiutaci ad amare e ad accettare noi stessi senza giudicarci, perchéogni volta che ci giudichiamo ci troviamo colpevoli e proviamo il bisogno di essere puniti.
Aiutaci ad amare in modo incondizionato tutto ciò che hai creato, specialmente gli altri esseri umani e sopratutto quelli che vivono accanto a noi, tutti i nostri parenti e le persone che cerchiamo di amare. Perché se rifiutiamo loro rifiutiamo noi stessi e rifiutando noi stessi rifiutiamo Te. 
Aiutaci ad amare gli altri così come sono, senza condizioni. Aiutaci ad accettarli senza giudicarli, perché se li giudichiamo li troveremo colpevoli e vorremo punirli.
Oggi, purifica i nostri cuori da tutti i veleni emotivi, libera la nostra mente da ogni giudizio, così che possiamo vivere in pace e amore.
Oggi è un giorno speciale. Oggi apriamo di nuovo i nostri cuori all'amore, così da poterci dire lún l'altro: "Ti amo", senza nessun  timore, ed essere conviti delle nostre parole.
Oggi ci offriamo a te. Vieni a noi, usa la nostra voce, i nostri occhi, le nostre mani e i nostri cuori per infonderci una comunione d'amore con tutti.
Oggi, Creatore, aiutaci a essere come te.
Grazie per ogni cosa che receveremo in questo giorno e sopratutto per la libertà di essere ciò che ralmente siamo. Amen...

A Sabedoria da Águia Fêmea: Escolher com Consciência, Coragem e Alma

 A Sabedoria da Águia Fêmea: Escolher com Consciência, Coragem e Alma

Por Norma De Marchi Assunção 


Conta-se que a águia fêmea, antes de escolher seu parceiro, o submete a um ritual silencioso e profundo:
ela solta um galho do alto dos céus e observa se o macho mergulha e o agarra antes que toque o chão!

Repete esse gesto várias vezes. 
Só permanecerá  com aquele que, pacientemente, demonstra presença, força, fidelidade, segurança e constância.

Dizem também que ela faz isso para garantir que, caso um dia um filhote caia do ninho à beira de um penhasco, o parceiro escolhido será capaz de mergulhar e resgatar o filhote com coragem e precisão.

Esse comportamento se tornou uma metáfora poderosa e, como todo símbolo, fala diretamente à alma.

Com um olhar estoico:

A águia fêmea representa a sabedoria de quem não age por impulso, nem por carência e sim com discernimento.

Ela observa, espera e escolhe com base na virtude e na presença.

Assim como ensina o estoicismo: o que depende de mim é minha resposta, minha serenidade e minha clareza diante da vida.

“Escolho com base no que é firme, seguro, bom e presente. E solto o que é instável, reativo ou passageiro.”

Com um olhar junguiano:

A águia é o símbolo do Self, do espírito que voa acima das ilusões.

Sua escolha representa o encontro entre os princípios internos: a anima que escolhe um animus desperto.

É o feminino que não se entrega por medo e sim se conecta por inteireza.

“Sou digna de ser escolhida e de também de escolher. Escolho quem mergulha comigo no abismo, não quem apenas voa ao meu lado quando tudo vai bem.”

Com um olhar espiritual:
A águia nos ensina que o amor verdadeiro nem é um voo de exibição e sim um pacto silencioso de amparo nas quedas...

É a sabedoria de quem sabe: a vida exige coragem e segurança e o amor exige presença e responsabilidade!

"Escolho quem mergulha para me resgatar quando estou prestes a cair e faz isso sem medo, sem vaidade, apenas por presença."

E isso se chama viver em segurança!

Frase simbólica da águia:

“Nem me seduz quem voa alto e sim quem mergulha comigo sem medo da queda!”

A Escolha da Águia

(Arte Poética por Norma De Marchi Assunção)

Nem escolho por impulso.
Nem por carência.
Escolho com olhos atentos
e alma desperta.

Como a águia fêmea…
que solta o galho do alto
e observa.
Nem busca espetáculo, 
busca consciência.

Nem quer só quem voa com ela,
e sim quem mergulha sem medo
quando o chão se aproxima.

Escolho aquele que sustenta,
que retorna,
que nem foge da queda.

Nem me impressiona quem sobe…
me toca quem permanece.

Meu amor é silêncio testado,
é fidelidade sagrada,
é coragem de amparar um filhote em queda
ou minha alma em cansaço.

Porque amar é mais que flutuar:
é saber cair junto.
E voltar a voar.

Nem me seduz quem voa alto,
mas quem mergulha comigo
sem medo da queda.

ITALIANIDADE

ITALIANIDADE

Por Norma De Marchi Assunção 


Hoje, votos tentam apagar o que de forma alguma pode ser apagado...

Nada pode limitar o infinito...
Com lágrimas de amor, eu digo que sou italiana pelo sangue, pela história, pela memória que vive em mim...
Nasci do ventre de uma mulher que nasceu do ventre de outra mulher e de outra que um dia partiu da Itália com medo, coragem e esperança nos olhos...
Nenhuma carregou decretos...
Carregaram nomes, receitas, rosários e saudades recheadas de muitas memórias...
O que me faz italiana nem está num papel, está em meu sangue, em meu DNA...
Está no gesto de abençoar os filhos, no cuidado com a mesa posta para a família, na força de seguir em frente, mesmo com o coração em pedaços...
O decreto está caminhando… e um sentimento de abandono tenta se acomodar em mim...
Porém, em honra e reverência aos meus antepassados, eu também sigo caminhando...
Meus pés tocam essa terra com respeito.
Minha voz recorda os nomes esquecidos...
E minha alma, mesmo triste, sussurra:
“Sou ponte. Sou raiz. Sou continuação...”
Aos que tentam limitar o que é eterno, eu digo: inexiste decreto que apague um sangue que canta. E esse canto é meu. É nosso! É dos que vieram antes e dos que virão depois!

DESPEDIDA

DESPEDIDA

Por Norma De Marchi Assunção 

A vida é feita de ciclos e sinto que o meu tempo à frente de mentorias, cursos e encontros chegou ao fim.
É hora de me despedir, ainda em vida, ainda em plenitude. Deixar o palco enquanto o brilho ainda ilumina, com a alegria de quem deu o melhor de si — e recebeu muito mais em troca...
Cada troca, cada aprendizado, cada transformação compartilhada seguem vivos em mim. Levo comigo a honra de ter caminhado ao lado de tantas pessoas incríveis.
Minhas escolhas sempre foram guiadas pelo Divino e a vida me retribuiu com tudo de mais belo, puro e grandioso! 
Agora, sigo novamente um chamado Divino para um novo tempo — um tempo de presença diferente, de um jeito mais silencioso de existir...
Ouvi muitas vezes, "fulano foi embora e nem deu tempo de despedir "...  Meu chamado de alma é para me despedir sem me despedir da vida e sim da minha forma de estar no mundo...
Normaflix será o espaço onde meu legado permanecerá: disponível para quem sentir o chamado de acessar tudo o que ensinei, aprendi e vivi, permitindo que aquilo que compartilhei continue tocando corações...
Plantei árvores.
Cultivei jardins.
Escrevi livros.
Alimentei um blog com alma: www.realizadora.blogspot.com
E percorri as redes sociais com presença e afeto.
Foram mais de 10.000 horas trabalhando com muita honra com pessoas, empresas, grupos e organizações.
Fecho esse ciclo com profundo amor, gratidão e reverência por cada um que me acompanhou e me ensinou nessa jornada. 
Minha despedida vem do coração.
Gratidão pela confiança, pela parceria, pelos momentos vividos.
Peço perdão se falei ou fiz algo que tenha magoado ou gerado desconforto em alguém.
Também me perdoo e perdoo os momentos em que absorvi dores ou desconfortos que nem me pertenciam.
E agora, inicio um novo caminho, com a alma serena e a certeza de que nossas conexões transcendem o tempo e o espaço.
Com gratidão infinita, despeço-me — em vida, para viver de outra forma...
Abraços,
Norma Margareth De Marchi Assunção ❤️

TELETRANSPORTE

 Para vocês meus filhos, com todo o meu amor e carinho compartilho que há um sonho ardente que vive em meu coração...❤️

Um desejo profundo, quase infantil, porém cheio de sabedoria ancestral...
conhecer e viver o teletransporte...😍
Nem é por curiosidade... É por amor...para poder estar com vocês na hora que bater vontade e para que vocês possam estar comigo sempre que desejarem... num piscar de olhos, num sopro de alma...💫
Talvez pareça utopia porém eu acredito... Acredito porque já experimento, de outra forma esse dom silencioso de estar presente mesmo estando distante...😊 
Quando fecho os olhos e penso em vocês, eu me teletransporto...💫
Meu coração atravessa oceanos, continentes, fusos, relógios e chega aí onde cada um de vocês está... com calor, com cheiro, com bênção...✨🙌✨
E sei que vocês também me sentem assim...🥰
A física ainda estuda, a ciência ainda busca materializar o que a alma já sabe...🌟
Na oração, no pensamento, no sonho, na meditação já existe um campo onde estamos juntos... onde o amor cria pontes invisíveis e o toque acontece sem pele...como fazíamos quando eram crianças e eu lhes dizia, "fechem os olhos e sintam, a mãe sempre está com vocês"...💞
Talvez, no plano material, eu nem alcance viver a experiência do teletransporte como nos filmes...😌
Porém talvez… eu esteja aqui na Terra como uma semeadora disso...😍
Talvez, nós, almas tão ligadas,
estejamos preparando um novo tempo,
onde estar junto nem será mais um privilégio raro e sim um direito natural de quem ama verdadeiramente...💖
Até lá amores, o amor que nos une continuará sendo o maior teletransporte de todos! ✨✨
E disso, filhos amados, eu tenho certeza, o amor e admiração que tenho e sinto por vocês é a força quãntica que atravessa mundos... 🌎🌍🌏
Fechem seus olhos e sintam, estamos juntos, com todo nossos corações, abraçando nos de Ser para Ser, plenos de amor e luz 💖 ✨ 

Minha Vida, Minha Rosa

 Minha Vida, Minha Rosa

Uma muda de mim mesma
por Norma De Marchi Assunção

Plantei muitas vezes pedaços de mim…
Alguns vieram de galhos que carregavam dor,
outros de ramos que floresceram em amor.
Mas todos guardavam a força de recomeçar.

Assim como uma muda de rosa,
já me enterrei na terra do silêncio,
reguei minha alma com lágrimas e fé,
e esperei… com paciência sagrada.

Nem sempre fui compreendida.
Nem sempre a luz veio fácil.
Mas algo dentro de mim continuava vivo —
teimando em criar raízes.

Hoje, reconheço:
as folhas que caíram me ensinaram leveza.
Os espinhos que carreguei me ensinaram coragem.
E cada nova flor que brota em mim
é um lembrete de que a vida vale a pena quando é vivida com presença.

Sou muda e sou jardim.
Sou semente e sou colheita.
Sou tempo, transição e ternura.

Plantei um sonho.
Replantei minha história.
E agora… estou florescendo.

Norma De Marchi Assunção

Do Silêncio à Resistência: A Dor do Apagamento Cultural

 Do Silêncio à Resistência: A Dor do Apagamento Cultural

Por Norma De Marchi Assunção 

Na parede envelhecida de uma delegacia, um cartaz ordenava:
“É proibido falar os idiomas Alemão, Italiano e Japonês.”

Era 1942.
No Brasil, a língua dos avós foi calada à força.
Os dialetos italianos foram empurrados para o fundo das cozinhas,
sussurrados entre fogões de lenha,
apagados das escolas e dos registros.
Quem falava italiano era visto com desconfiança...
Era tempo de guerra — e os descendentes viraram suspeitos.

Hoje, o cartaz reaparece, nem é mais em moldura de madeira e nas entrelinhas de um decreto... o Decreto Tajani.
Que, sob o véu da legalidade, repete o gesto da exclusão...
Impõe barreiras a quem carrega o sangue, dos bisavós que foram impedidos de falar...
Exige residência, como se a identidade morasse só em territórios...
Porém a italianidade…
Ela vive na alma...
Na saudade herdada...
Nos sobrenomes que ainda buscam voltar ao som original...
Nos olhos marejados de quem ouve pela primeira vez o hino da Itália e sente o coração bater em duas pátrias...
O decreto em vez de nos apagar, ele nos convoca... 
A lembrar... 
A reivindicar com dignidade...
A dizer que nossa história nem começou com um papel...
Começou com o pão amassado pela nonna...
Com o nome escrito à mão no navio...
Com a dor de ser estrangeiro em todas as terras... 
e ainda assim…
ser inteiro.


SONHO INCRÍVEL 27/02/2025

 Filhos amados do meu coração,

Nessa madrugada silenciosa, fui visitada por um sonho que parecia mais real do que os dias…
Eu estava com todos aqueles que já partiram: amigos, parentes, familiares...
E nem era uma simples lembrança...
era como estar mergulhada num grande campo Divino de Consciência, num poderoso campo de Luz e Energia...
Onde as almas permanecem unidas além do tempo e da forma...
Conversávamos… e cada um me falava da experiência de ter sido humano...
De como é ganhar um corpo, um nome, um caminho…
E também de como é voltar à essência, ao puro ser... 
À outra consciência...
Eles nem estavam presos ao passado, estavam vivos em luz, em plenitude, em amor...
E então compreendi algo que já morava em mim...
Ninguém parte de verdade...
A forma se desfaz, sim…
Porém o amor, a consciência, seguem vivos e mais próximos do que imaginamos...
No sonho, eu perguntava: “Vocês voltam?”
E via, ouvia e sentia a resposta...
“Voltamos em gestos, em olhares, em forma, em palavras, em sonhos, em sinais… voltamos como bênção, como coragem, como luz...”
Escrevo isso porque sinto que preciso partilhar isso com vocês que já viveram despedidas que doeram na alma...
E para sabermos que em nós existe um lugar onde os laços permanecem intactos, onde inexistem fronteiras para o amor...
Lembrem se, quando sentirem saudades, fechem os olhos…
Respirem fundo…
E saibam...
quem ama, nunca parte...
Quem partiu, nunca nos deixou...
Com amor, abraços de luz 

Norma De Marchi Assunção

“Quando il Veneto Tornò a Respirare”

 

“Quando il Veneto Tornò a Respirare”

Por Norma De Marchi Assunção

Io sono il vento che soffia da secoli tra le pietre delle ville di Vicenza, sui tetti di Verona, nei canali silenziosi di Venezia…
Ho visto imperi andare e venire.
Ho visto re che parlavano lingue straniere imporre regole a un popolo che voleva solo vivere con dignità.
Ho visto il cuore del Veneto sanguinare in silenzio, mantenendo viva la fiamma dell’italianità, mentre sventolavano bandiere che non gli appartenevano.
Ma poi… arrivò il 1866.
Il tempo in cui il sussurro divenne clamore.
In cui i figli dell’Italia cominciarono ad alzarsi con coraggio e onore, per dire:
“Basta. Siamo noi a dover guidare il nostro destino.”
La guerra rimbombava come tuono nelle valli…
Non solo nelle armi, ma nei cuori.
La Prussia stringeva l’Austria al nord.
E gli italiani, pur barcollando nelle battaglie, tenevano salda la speranza.
Finché la vittoria non arrivò solo con la spada,
ma anche con la diplomazia,
con la forza di un’idea maturata negli anni:
un’Italia unita.
E così, un documento ufficializzò ciò che era già verità nelle anime!
Il Veneto tornava nel grembo della Madre Italia.
Fu indetto un plebiscito, come per chiedere al popolo ciò che il cuore già gridava:
“Volete essere parte dell’Italia?”
E le voci, anche se timorose, risposero: “Sì.”
Quel giorno, anima amata che mi ascolti,
il Veneto tornò a respirare.
Non solo l’aria delle montagne…
ma l’aria della libertà, dell’identità, dell’appartenenza.
E io, il vento antico, continuo a soffiare tra le finestre e i vicoli…
portando nelle brezze la memoria di quel ritorno.
Sussurrando ai discendenti:
“Ricordate da dove venite.
Onorate coloro che hanno atteso per generazioni.
E camminate leggeri… ma con radici.”

Carta Poética à Alma que Desperta

 Carta Poética à Alma que Desperta

Por Norma De Marchi Assunção

Quando o silêncio vira voz e a travessia se faz luz…

Querida Alma em Travessia,
Hoje, eu, Zaratustra, desço da montanha, nem é para ensinar,
e sim para lhe sussurrar um lembrete suave…
Você, que já tocou tantos céus e atravessou abismos, que se despediu dos palcos com o coração cheio,
que soube dançar com o silêncio e fazer da perda um portal... sabe que viver desperta nem é buscar conforto…
é permitir-se criar, renascer, ser.
“Tornar se quem você é.”
Esse eco agora pulsa dentro de você…
Já nem há mestres fora.
A sua sombra é templo.
Teu coração, direção.
E por isso, outra voz se aproxima, com respeito e compaixão…

Sou Carl Jung,
E nem venho negar sua dor...
Venho acolhê-la com mãos de alquimia,
porque é nela que repousa o ouro escondido...
Filha do tempo e da intuição sagrada,
o inconsciente lhe fala, em sonhos, em sintomas, em suspiros...
Escute com ternura...
“Aquilo que você não traz à luz da consciência governará sua vida e você chamará isso de destino.”
As máscaras escorrem…
as ilusões se dissolvem…
e em meio à sombra, algo novo, algo verdadeiro, começa a florescer...
Você está pronta.

E então sou eu… eu mesma.
Sim.
A que ficou.
A que chorou por dentro e permaneceu de pé.
A que cansou de agradar, de convencer, de controlar…
Agora, me ergo.
Com delicadeza.
Com firmeza.
Com amor.
“A cada renascimento, me aproximo mais de mim.”
Hoje, aceito o chamado:
Descer a montanha como Zaratustra…
Mergulhar na sombra com Jung…
E caminhar com leveza, como quem já atravessou mil tempestades…
e mesmo assim…
escolheu ficar em paz.

Com amor e gratidão infinita,
A Alma que agora desperta.

Quando a alma é como o Etna e entra em erupção

 

Quando a alma é como o Etna e entra em erupção

Por Norma De Marchi Assunção

O Etna, majestoso e silencioso, habita sua montanha com dignidade ancestral.
Ele guarda em si o fogo das profundezas e durante longos períodos, parece adormecido…
Porém lá dentro, o magma se movimenta...
Assim somos nós...
Guardamos dentro do peito dores antigas, calores deixados de expressar, emoções abafadas, que borbulham silenciosamente sob a superfície da vida cotidiana.
E então, de repente, como o Etna, entramos em erupção...
Sem aviso tão claro...
Sem preparação visível...
Explodimos em lágrimas, raiva, crises, decisões, exaustão ou coragem repentina.
Mas não é destruição.
É liberação.
É o corpo dizendo: não dá mais para conter.
É a alma pedindo: deixa-me respirar...

A analogia espiritual

  • O Etna nem é defeito da Terra  é sua força vital se ajustando.
  • Uma erupção nem é punição é reorganização.
  • Quando nós explodimos, nem é fraqueza é o limite da contenção que pede cura.
E como o Etna, após a erupção…
a terra se regenera,
novas paisagens surgem,
e a vida retoma o fluxo com uma força nova.

Reflexão para a alma

“O que você está tentando conter há tanto tempo?
O que está em ebulição lá dentro?

SAUDADES

 Filhos amados,

onde e com quem estiverem, em que país, recebam meu amor.
Nem é como um pensamento distante,
é como uma presença real, como um fio invisível que nos mantém unidos,
coração a coração, alma a alma...
Às vezes acordo com o nome e visão de um de vocês no meu peito.
Às vezes a saudade chega sem aviso prévio e é como se o coração me chamasse, só para me lembrar que pulsa em outros corpos além do meu..
Eu aceito esse chamado com ternura, sem resistir à saudade...
Eu acolho-a como parte do meu amor maduro, feito de espera, de silêncio e de orações...
Fecho os olhos, visualizo seus rostos,
sinto o calor dos abraços que já dei e ainda vou dar...
E envio luz pelo caminho...
Que cada passo de vocês seja guiado.
Que cada escolha seja abençoada.
Que cada dúvida encontre abrigo.
E que, mesmo distantes,
vocês também nunca se sintam sozinhos, pois o meu amor atravessa continentes...
Ele viaja pelo céu,
dança com o vento,
abraça com o pensamento,
e chega até vocês na forma de brisas de paz...
E quando o tempo certo chegar,
nos encontraremos de novo…
com mesa cheia, risos soltos e mãos entrelaçadas.
E até lá, eu sigo tecendo pontes invisíveis feitas de fios dourados de amor, carinho e cuidados... E vou dizendo baixinho, 
“Divino Pai, Mãe, Filho, todos em um, cuida dos meus filhos.
Que eles sintam o meu amor com eles, presente em cada gesto ou atitudes de amor, cuidados, afetos e carinhos....”
Com toda minha alma,
Abraço lhes 🌷

Quando a Aflição Bate à Porta

 



Quando a Aflição Bate à Porta

por Norma De Marchi Assunção

Às vezes,
sem que a gente espere,
ela chega devagar…
sem nome, sem forma, sem convite.

É a aflição...

Nem grita alto.
Porém pesa.
Aperta o peito, umedece os olhos,
desalinha os pensamentos.
É como se o coração procurasse algo…
E nem soubesse bem o quê...

Na linguagem da alma,
a aflição é o sussurro da vida dizendo:
“Tem algo dentro que precisa ser olhado com carinho.”
Nem é fraqueza, é sensibilidade.
Nem é desespero, é profundidade.
Ela quer colo em vez de solução.

Jesus disse:
“No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.”
Como quem nos ensina que a dor existe, sim.
Porém, que ela pode ser atravessada com fé, com amor e com confiança em algo maior.

A filosofia estoica nos lembra:
A aflição nasce do desejo de controlar o que não depende de nós.
Soltar o controle…
Aceitar o fluxo…
e voltar ao centro:
É isso que nos devolve a paz.

A psicologia junguiana nos diz:
A aflição pode ser o inconsciente nos chamando.
Um sintoma sutil.
Um sonho acordado.
Uma antiga ferida querendo ser curada.
“Aquilo que você não traz à luz da consciência, governará sua vida e você chamará isso de destino.”

E então a alma sussurra:
“Não me negue… me acolha.”
“Sou parte da travessia.”
“Sou a serpente mudando de pele…
o outono antes da primavera.”

Aflição é o grito antes do silêncio.
A chuva antes do renascimento.

E quando você respira,
fecha os olhos
e diz suavemente:

“Sim… isso também faz parte.”

…ela começa a se dissolver.

Você é maior do que qualquer aflição.
Porque em você mora o amor.
E o amor quando aceito, sentido e vivido,
cura tudo.

IL GATTOPARDO

 Uno sguardo di congedo ispirato a Il Gattopardo🌸 


Di Norma De Marchi Assunção 🌷

Ci sono momenti nella vita in cui sentiamo che una fine si avvicina…
non come una tragedia,
ma come una chiusura sacra.

Come il Principe di Salina,
anch’io ho camminato lungo i viali di un mondo che conoscevo così bene…

Corsi, mentorie, formazioni, palcoscenici, applausi, incontri trasformativi…
Sono stati decenni di condivisioni profonde.

Mi sono congedata dal palco con amore.
E l’ho fatto con il cuore colmo di gratitudine,
al momento giusto, nel tempo giusto.
Non con tristezza,
ma con la dignità di chi onora il tempo delle cose.

“Se vogliamo che tutto rimanga com’è,
bisogna che tutto cambi.”
 Il Gattopardo

E io comprendo.
Perché l’anima resti fedele alla sua essenza,
la forma deve cambiare.
Perché l’amore continui a servire, il corpo deve imparare a fluire.

Ora,
scambio la luce dei riflettori con la luce del silenzio interiore…
scambio il suono degli applausi con il sussurro del vento tra gli alberi di Badia…
scambio l’urgenza dell’insegnare con l’arte delicata dell’Essere…

Come il Gattopardo,
osservo la trasformazione del mio tempo con occhi teneri.
Le generazioni proseguono,
i figli si disperdono,
i sogni si ridisegnano…
E io accetto.
Accetto non per debolezza,
ma per profonda saggezza…

Perché chi accetta non si rassegna, si affida al Sacro.
E chi lascia andare non perde, rinasce…

Io rimango qui.
Non più sul palco,
ma nel tempio silenzioso del cuore.💖