ITALIANIDADE
Por Norma De Marchi Assunção
Hoje, votos tentam apagar o que de forma alguma pode ser apagado...
Nada pode limitar o infinito...
Com lágrimas de amor, eu digo que sou italiana pelo sangue, pela história, pela memória que vive em mim...
Nasci do ventre de uma mulher que nasceu do ventre de outra mulher e de outra que um dia partiu da Itália com medo, coragem e esperança nos olhos...
Nenhuma carregou decretos...
Carregaram nomes, receitas, rosários e saudades recheadas de muitas memórias...
O que me faz italiana nem está num papel, está em meu sangue, em meu DNA...
Está no gesto de abençoar os filhos, no cuidado com a mesa posta para a família, na força de seguir em frente, mesmo com o coração em pedaços...
O decreto está caminhando… e um sentimento de abandono tenta se acomodar em mim...
Porém, em honra e reverência aos meus antepassados, eu também sigo caminhando...
Meus pés tocam essa terra com respeito.
Minha voz recorda os nomes esquecidos...
E minha alma, mesmo triste, sussurra:
“Sou ponte. Sou raiz. Sou continuação...”
Aos que tentam limitar o que é eterno, eu digo: inexiste decreto que apague um sangue que canta. E esse canto é meu. É nosso! É dos que vieram antes e dos que virão depois!
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